quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

EJA

Apesar dos diversos avanços na legislação,dos Programas e Políticas lançados periodicamente e das avançadas discussões envolvendo amplos setores da sociedade, o Brasil continua a exibir índices nada agradáveis de analfabetismo entre a população maior que 15 anosde idade.
Isso ocorre porque as possibilidades de crianças e jovens estarem inseridos na escola em idade adequada muitas vezes são reduzidas. As causas desse abandono variam desde a própria necessidade de que a criança ou adolescente auxilie com algum tipo de trabalho, para aumentar a renda doméstica ou até mesmo a desestruturação da família e a falta de condições de incentivo a continuação dos estudos.
Esses alunos que deixaram precocemente a escola muitas vezes retornam, quando mais velhos, sentindo falta da escolaridade que não obtiveram no período ideal, ou chegam a determinados momentos de suas vidas nos quais já é possível frequentar a escola.Um exemplo disso são aquelas senhoras que conhecemos na visita a Escola Liberal Zandonadi, mesmo com a idade avançada, voltaram a estudar para realizar pequenos sonhos, ler revistas, contar dinheiro e outras simples coisas do nosso dia a dia.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

EXPLORANDO O GÊNERO TEXTUAL NA EJA.

Postado por Lourdes Lavarezi

Trabalho das Alunas: Lourdes, Vanucia, Melry, Rosiana e Joelma

Um dos maiores desafios dos professores que trabalham com Educação de Jovens e Adultos (EJA) é capacitar o aprendiz para lidar com práticas sociais que fazem uso da leitura e da escrita. Quando chegam à escola, alguns alunos atendidos por essa modalidade educacional são considerados analfabetos, mas não iletrados, pois, de uma maneira ou de outra, eles sempre têm algum contato com práticas de leitura e escrita ao longo da vida, mesmo que não saibam decodificar o código linguístico que constitui os gêneros textuais com os quais lidam no cotidiano.

No Brasil, embora ainda seja considerada marginalizada, a EJA tem um importante papel social: possibilitar o acesso ou o retorno aos estudos àqueles que não tiveram a oportunidade de frequentar a escola na idade própria. Nesses cursos, todas as disciplinas são importantes, no entanto, a Língua Portuguesa sem dúvida é um dos tópicos que merecem destaque, uma vez que, é por meio da linguagem, da leitura e da escrita, que se estabelece a ligação entre o aluno e o conteúdo ministrado em todas as áreas do conhecimento e, em especial, que se configuram as práticas de letramento.

Em virtude disso, os gêneros textuais constituem-se uma importante via de acesso ao letramento e como o referido material é extenso, limitamos nosso estudo em torno dos gêneros bilhete e panfletos, muito próximos do cotidiano dos alunos atendido, e do blog, também muito explorado com o advento do uso das novas tecnologias.

O presente trabalho tem por finalidade ofertar aos educadores da EJA – Educação de Jovens e Adultos - segmento I, sugestões de atividades que abordam o gênero do discurso interpessoal. Este gênero utiliza como suporte metodológico cadernos, diários, blogs, telegramas e outros, e não há necessariamente o interesse em comunicação externa.

Como objetivo, visa circular expressão pessoal e comunicação entre as pessoas, e suas características abordam o emissor/destinatário e são datadas e altamente presos aos acontecimentos.
JUSTIFICATIVA

Os gêneros textuais estão mais presentes em nossas práticas diárias do que imaginamos. Interagimos constantemente com os outros, ora por necessidade, ora por comunicação oral ou escrita. Por meio de bilhetes, panfletos e outros informativos, transmitimos certa mensagem ou até nos informamos sobre a mesma.

Dessa forma, torna-se considerável conhecer as variações dos discursos existentes em sociedade, buscando conhecer ou ampliar o conhecimento, e neste trabalho especificamente, gênero interpessoal.



OBJETIVO GERAL

Pensar a respeito das metodologias utilizadas para o ensino deste conteúdo na EJA.


OBJETIVO ESPECÍFICO

- Sugerir opções de atividades para o trabalho do gênero interpessoal de acordo com o nível de desenvolvimento.
- Ampliar o conhecimento a respeito do gênero textual abordado.

METODOLOGIA

Como suporte metodológico, o laboratório de informática, modelos de bilhetes e panfletos que forneçam a comunicação de forma breve e objetiva.

ATIVIDADE I E II

SEQUÊNCIA DIDÁTICA  

EJA – SEGMENTO I

Tempo de duração: 3 aulas

Conteúdo: Gênero textual interpessoal – bilhete e blog

Objetivos Específicos

·         Instigar o uso das novas tecnologias;
·         Confeccionar bilhetes;
·         Expressar com mais fluência, tanto oral quanto escrita;
·         Ampliar o letramento;
·         Ampliar a interação entre os alunos.

Recursos didáticos

·         Caderno, lápis, borracha;
·         Laboratório de informática;
·         Data show.


Desenvolvimento

1ª aula
- Apresentar à turma o que é um bilhete, explicando a sua finalidade, como é confeccionado, etc.
- Fazer um sorteio entre os alunos para, desta forma, organizar a sala em duplas.
- Orientar para que eles confeccionem um bilhete para o colega, o qual foi sorteado.
2ª aula

- Em uma roda de conversa, iniciar a aula com a troca dos bilhetes.
- Explorar, com os alunos, as mensagens de cada bilhete, analisando a informação contida em cada um.
- Interrogar sobre as possíveis dificuldades encontradas tanto na elaboração, quanto no entendimento das informações.
- Verificar a eficácia de seu uso como ferramenta de comunicação.


3ª aula

- Levar os alunos ao laboratório de informática, informando a eles, que nesta aula, eles utilizarão um meio eletrônico para confeccionar bilhetes, como os da aula anterior.
- Projetar, com o data show, os passos de como se usa um blog, na medida em que os alunos se posicionem, cada um em um computador, desenvolvendo a tarefa sob os comandos do professor.



AVALIAÇÃO

Avaliar o envolvimento e participação dos alunos durante todo o processo.











ATIVIDADE III


Panfleto Informativo

Modelo:

Prezado cliente:
A loja Moreira Móveis de Venda Nove do Imigrante está em liquidação. Durante o período que vai do dia 26/11/2011 à 24/11/2011 os eletrodomésticos estão com 20%, 30%, 40% e 50% de desconto.
Não percam esta oportunidade!

                  Venda Nova do Imigrante, 25 de novembro de 2011.

1)quem é o destinatário?

2)Quem é o remetente?

3)Qual a mensagem que o panfleto transmite?

Orientações ao professor:
A seguinte atividade é uma proposta didática que tem como intuito introduzir o gênero textual interpessoal na EJA.  Este gênero tem como características textos curtos, centrados no emissor e destinatários. São focados em acontecimentos. A professora trabalhará o panfleto oralmente, e depois as palavras do texto, com intuito de alfabetizar letrando.






sábado, 3 de dezembro de 2011

ANÁLISE DE LIVROS DA EJA

No dia 04 de novembro de 2011 as alunas do 8º período de Pedagogia tiveram a oportunidade de analisar alguns livros didáticos que estão sendo utilizados recentemente pela modalidade EJA. A sala foi dividida em grupos e cada um se posicionou em relação aos livros.


Através dos relatos vereficamos que o livro didático é uma ferramenta muito importante para o ensino-aprendizagem , só que ele não vai suprir todas as necessidades do aluno. o professor deve saber motivar o aluno a entender através de atitudes práticas.


Tais análises foram feitas tendo por base alguns referênciais teóricos, tendo em vista ampliar o nosso olhar desse recurso didático.


pastagem feita por: Genaina e Brenda

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

MEMÓRIAS DE UM ENCONTRO PROMISSOR COM A EJA

ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL LIBERAL ZANDONADI

Venda Nova do Imigrante

Por Melry Silvério



A Faculdade de Venda Nova do Imigrante – FAVENI – tem como parte de sua matriz curricular, a disciplina de Metodologia para o Ensino da EJA, Educação de Jovens e Adultos.
Com intuito de aproximar as teorias estudadas à prática educativa, no dia 23 de setembro de 2011, foi realizado na Escola Estadual de Ensino Fundamental Liberal Zandonade, um encontro com a EJA. O acontecimento contou com a presença das alunas do 8º Período do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia, da professora responsável, dos alunos e da professora da EJA*.
Esse acontecimento foi um dos momentos mais marcantes de nossa formação, pois tivemos a oportunidade de confrontar teoria e prática, o que nos proporcionou uma melhor assimilação dos conhecimentos advindos da faculdade. Nesse dia, a disciplina que seria ministrada em sala de aula, se deslocou para um local diferente, o ambiente educativo dos principais envolvidos, jovens e adultos.
A professora do 8º Período de Pedagogia, Clemilda Bergamim, fez a abertura e, em alguns minutos, fez uma retrospectiva do conteúdo estudado com a finalidade de reavivar nossos conhecimentos.
Logo após a abertura do encontro, a docente fez questionamentos direcionados aos alunos da EJA*:
- Por que vocês acham que estudamos esta disciplina na faculdade?
- Por que decidiram voltar a estudar?
Ainda meio acanhado, um dos alunos respondeu que tinha voltado a estudar porque queria ser alguém na vida. Com o relato, algumas das concluintes presentes ficaram sem reação, e com sua “jogada de mestre” a professora Clemilda interrompeu o estudante dizendo que todos ali já eram alguém e que estavam naquele recinto para ampliar seus conhecimentos.
Nesse contexto, a troca de saberes foi muito pertinente e jogou por terra diversas ideias preconcebidas de que sabemos mais que os que estudaram menos, confirmando a fala de Paulo Freire ao afirmar: Não existe conhecimento pior, ou melhor, apenas diferente.
No decorrer do evento, percebemos que aqueles alunos estavam ali com sede de saber. E que, apesar das responsabilidades diárias, eles chegavam à escola com a esperança de se tornarem pessoas que, de alguma forma pudessem, exercer melhor sua cidadania.
Observamos também que a motivação e a esperança dos alunos foram fatores impulsionadores fundamentais para que a professora responsável pela turma da EJA* ensinasse de forma tão dedicada e humana, segundo relatos dos alunos.
Contudo, contrastar teoria e prática nos fez refletir sobre os desafios da modalidade de ensino, e também considerar a ideia de que, muitas vezes, não é o mais indicado aprendermos por meio de modelos imutáveis, porém ter como referência uma profissional como a professora daquela turma contribuiu, e muito, em nossa formação.
Além dos conhecimentos adquiridos, um dos momentos que sobressaíram naquele dia foi ouvir o relato de uma aluna, de quase 60 anos, do primeiro segmento da EJA* ao ser perguntada sobre o porquê de estar ali,e se estava gostando, aprendendo, ao que ela respondeu:
“Eu estava até indo bem, quase aprendendo a juntar as letras, só que hoje (23/09/11) faz um mês que enterrei meu filho, daí eu esqueci o que sabia”.
Emoções e comparações com o empenho de alguns dos alunos do ensino regular à parte, com palavras de incentivo, persistência e sucesso saí do local com uma bagagem de conhecimentos bem maior do que quando entrei no recinto, e o mais interessante foi ter aprendido com pessoas, cuja experiência escolar não possibilitava sequer assinar nome.
Em suma, tivemos por meio deste encontro com a EJA* boas expectativas, ampliação de saberes e quebra de paradigmas, que nos fizeram compreender alguns dos reais objetivos da escola.
Amparados pelas incumbências da modalidade, pelas observações e pelos conhecimentos adquiridos na disciplina, pudemos perceber que a escola não deveria apenas universalizar o acesso ao conhecimento e sim criar condições estruturais e pedagógicas que viabilizem a todos os educandos, especificamente os da EJA*, continuidade em sua formação, cujos objetivos direcionados à modalidade em questão sejam mais reais e verdadeiramente baseados na contextualização dos saberes da experiência dos alunos, na qualidade no processo de ensino aprendizagem, na criticidade e na conscientização política em todas as escolas, pois somente assim serão recompensados aqueles que não puderam estudar em tempo normal, fazendo surgir transformações necessárias ao seu meio.

*EJA= Educação de Jovens e Adultos

terça-feira, 29 de novembro de 2011

EXPLORANDO O GÊNERO TEXTUAL NA EJA.

Por:




LUCINETE CASSARO



MEDIAN APARECIDA STEIN


NILCÉIA PINHOLATO


ROSÂNIA APARECIDA PINTO FALQUETO


SIRLEI APARECIDA FALCÃO DA SILVA


APRESENTAÇÃO





Esta coletânea de textos tem por finalidade auxiliar os educadores que atuam na EJA I segmento, tendo em vista consolidar práticas pedagógicas que contemplem os textos que circulam socialmente e que de alguma forma já são conhecidos dos estudantes.



Esta coletânea reúne textos instrucionais como também três atividades que podem ser explorados na abordagem com bulas, receitas culinárias e regras de jogos.






JUSTIFICATIVA







Ao optar pelo trabalho com gêneros textuais, em especial, os textos instrucionais, o professor tem em mãos um leque de possibilidades para abordar o assunto, explorando textos comuns e que fazem parte do cotidiano de jovens e adultos.



As receitas culinárias propiciam aos estudantes aprimorar a leitura e escrita, uma vez que trazem dois tipos de informações básicas: o que usar e como usar.



Outra prática pedagógica a ser utilizada são as bulas. É fundamental que os estudantes conheçam o significado das palavras e a sequência dos procedimentos indicados, além de gerar conscientização das conseqüências da automedicação.










OBJETIVO GERAL







Levar os alunos a se familiarizarem com a linguagem dos textos instrutivos, propiciando o desenvolvimento da leitura e escrita dos mesmos.







SEQUÊNCIA DIDÁTICA I



ESCOLA:



ANO: EJA I SEGMENTO



DURAÇÃO: SEIS AULAS



INTERDISCIPLINAR (LINGUA PORTUGUESA, MATEMÁTICA E CIÊNCIAS)







CONTEÚDO: GÊNERO TEXTUAL: TEXTOS INSTRUCIONAIS – RECEITAS CULINÁRIAS







OBJETIVOS ESPECÍFICOS



  • Identificar letras, sílabas, palavras e frases, distinguindo-as;
  • Ampliar o volume de escrita e o vocabulário;
  • Reconhecer nomes de marcas reconhecidas;







RECURSOS DIDÁTICOS:



  • Caderno, lápis;
  • Lousa, giz;
  • Ingredientes para a receita.






DESENVOLVIMENTO



1ª aula



Em uma roda de conversa explorar com os alunos o assunto. Interrogá-los sobre suas receitas preferidas, quais fazem com freqüência, como adquiriram a receita, entre outros.



Pedir aos alunos que tragam receitas de casa.







2ª aula



Explorar com os alunos as receitas;



Escolher uma receita e copiá-la na lousa;



Ler em voz alta;



Pedir para que leiam, observando cada ingrediente utilizado;



Trabalhar com os alunos as letras, sílabas, palavras e frases;



Focar o modo de fazer e tempo de preparo;



Pedir aos alunos para que tragam na aula seguinte os ingredientes para que seja elaborada a receita.







3ª aula



Copiar novamente a receita na lousa;



Colocar o nome da dona da receita;



Pedir para que os alunos copiem a mesma;



Ler em voz alta;



A dona da receita fará a mesma na sala de aula;



Focar os ingredientes utilizados;



Trabalhar com o nome das marcas dos produtos;



Explorar o modo de fazer;







4ª aula.



Explorar a matemática, utilizando a receita. Se eu for dobrar a receita, qual será a nova quantidade de cada ingrediente?



Montar situações problemas.







5ª aula.



Trabalhar a origem de cada ingrediente. Origem animal, vegetal, mineral.







6ª aula.



Montar com os alunos um caderno específico de receitas, onde uma vez por semana um aluno trará uma receita. A professora copiará no quadro e os alunos copiarão em seus respectivos cadernos, confeccionando ao longo do ano letivo o seu caderno de receitas.



A cada 15 dias uma receita será elaborada em sala de aula.







AVALIAÇÃO



A avaliação acontecerá mediante observação da participação e envolvimento dos alunos na realização das atividades.







SEQUÊNCIA DIDÁTICA 2



ESCOLA:



ANO: EJA I SEGMENTO



DURAÇÃO: OITO AULAS



DISCIPLINA: INTERDSICIPLINAR







CONTEÚDO: GÊNERO TEXTUAL - BULA







OBJETIVOS ESPECÍFICOS



  • Conhecer um novo gênero textual;
  • Utilizar a bula como fonte de palavras geradoras;
  • Ampliar o vocabulário;
  • Mostrar a importância da leitura da bula;







RECURSOS DIDÁTICOS



  • Bulas;
  • Plantas medicinais;
  • Farmacêutico;
  • Membro da Pastoral da Saúde;
  • Lousa, giz;
  • Letras de músicas;
  • Laboratório de informática;







DESENVOLVIMENTO







1ª aula



Em uma roda de conversa indagar os alunos sobre:



  • O que sabem sobre a bula;
  • Se antes de iniciar uma medicação fazem leitura da bula;
  • Se fazem uso medicação sem orientação médica;
  • Se conhecem o significado de todas as palavras que aparecem na bula;







2ª aula



Trabalhar com palavras geradoras referentes a bula.







3ª aula



Palestra com um farmacêutico (bula) e com um membro da Pastoral da Saúde (plantas medicinais).







4ª aula



Solicitar que cada aluno pesquise na internet uma planta medicinal. Em seguida cada aluno irá elaborar uma bula colocando os passos necessários.







5ª aula



Exploração das bulas elaboradas (correção)







6ª aula



Elaboração de situações problemas envolvendo as posologias.







7ª aula



Produção de paródias com tema “Bulas” em grupo.







8ª aula



Apresentação das paródias







AVALIAÇÃO



Acontecerá mediante observação, analisando a participação e interesse dos alunos nas atividades propostas.







ATIVIDADE 3







Explorar textos regras de jogos.



  • Interrogar os estudantes sobre um jogo que gostam, verificando o que tem maior aceitação entre a turma;
  • Perguntar se sabem as regras deste jogo;
  • Anotar na lousa as regras faladas por eles;
  • Criar com a turma um jogo e consequentemente as regras para o mesmo;
  • Fazer um campeonato na escola explorando o jogo criado, envolvendo outras turmas;



























































































RELATÓRIO DAS DIFICULDADES ENCONTRADAS







Encontramos muitas dificuldades ao elaborar as sequências, pois não temos experiências com esse tipo de alunado. Somente neste período é que fomos conhecer um pouco sobre essa modalidade de ensino.







Durante o curso tivemos disciplinas que focaram práticas educativas voltadas para crianças. Em nossa região, como pudemos perceber na visita a EEEF Liberal Zandonade, tem pouca oferta desta modalidade de ensino. Mesmo tendo muitos jovens e adultos sem escolarização, poucos voltam a estudar.







Educar jovens e adultos não é apenas ensiná-los a ler e escrever seu próprio nome. É oferecer-lhes uma escolarização ampla e com mais qualidade. É papel do professor, especialmente do professor que atua na EJA, compreender melhor o aluno e sua realidade diária. Enfim, é acreditar nas possibilidades do ser humano, buscando seu crescimento pessoal e profissional, pois como afirma ARBACHE (2001, p.19) A educação de jovens e adultos requer do educador conhecimentos específicos no que diz respeito ao conteúdo, metodologia, avaliação, atendimento, entre outros, para trabalhar com essa clientela heterogênea e tão diversificada culturalmente.


































 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

SEQUÊNCIA DIDÁTICA INTERDISCIPLINAR

Por  Sirlei Falcão

DISCIPLINA: MATEMÁTICA / PORTUGUÊS
Ano: EJA
Tema: Multiplicação e produção de texto
Tempo estimado: Três aulas.
Objetivos:
Desenvolver a linguagem oral e escrita.
Levar os alunos a compreenderem os procedimentos da multiplicação.
Apresentar a importância da multiplicação no nosso dia a dia.
Produzir textos, reforçando a escrita.
Conteúdo: o conteúdo vai ser transferido de forma simples focando a construção da aprendizagem dando chance aos alunos de observarem como aprender de maneira interdisciplinar.
Materiais: folha xerocada, papel grafite, durex, canetinha, pincel.
Desenvolvimento:
1º Passo: Apresentar a matéria de multiplicação, com auxilio de um livro didático, aplicando em seguida uma atividade xerocada para ver o que conseguiram compreender sobre a multiplicação.
2º Passo: Propor uma atividade em dupla onde terão que fazer problemas de multiplicação e depois apresentar para turma. 
3º Passo: conversar sobre a atividade desenvolvida em dupla, e pedir para que façam um relatório sobre o que a atividade acrescentou. Focando a escrita, observando a pontuação.
4º Passo: confeccionar junto com a professora um mural com as atividades desenvolvidas.
5º Passo: como tarefa de casa pedir para que façam uma pesquisa de onde usam a multiplicação no dia a dia. E fazer um texto em forma de história para apresentar.
6º Passo: Fazer apresentação do texto, em seguida fazer uma tabela contendo as diversas possibilidades de interagir com a multiplicação.
Avaliação:
Será mediante observação da participação dos alunos pela aula e da compreensão dos mesmos sobre o assunto. 

domingo, 27 de novembro de 2011

Para acabar com o abandono na EJA

                                                                                                                  Por Patrícia Ferreira  

            
A  Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil convive historicamente com um alto índice de evasão. Dos 8 milhões de pessoas que frequentaram o curso até 2006, 42,7% não chegaram a terminá-lo, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2007. As razões para esse índice ser tão alto vão desde a incompatibilidade entre o horário das aulas e o trabalho até a metodologia, que não respeita as especificidades desse aluno. Na tentativa de diminuir esses números, o governo federal tem ampliado, nos últimos anos, os investimentos no setor, com destaque para a inclusão da EJA no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, o Fundeb, e nos programas de escolha de livros didáticos e repasse de verba para a alimentação escolar. As políticas públicas têm um papel fundamental na garantia desse direito e na melhoria do cenário. No entanto, iniciativas dos gestores também podem contribuir - e muito - para reduzir a evasão.  

A EMEF Reginaldo de Souza Lima, em Paragominas, a 306 quilômetros de Belém, por exemplo, repensou seu projeto político-pedagógico para manter os adultos na escola depois de constatar, por meio de uma pesquisa feita com os alunos em 2008, que a rotina do trabalho era o principal motivo das faltas. "Os empresários exigem escolaridade dos funcionários, mas nem sempre os ajudam a conquistá-la", afirma o professor de Matemática Carlos Alberto Tourinho, idealizador da pesquisa. Com base nos resultados, a direção adotou uma série de medidas, como flexibilizar o horário de entrada na sala de aula e propor datas alternativas para as provas quando os alunos não podem ir por motivos de trabalho. Além disso, a equipe gestora também entrou em contato com empresários do setor de transporte para que ampliassem a oferta de linhas de ônibus em locais próximos às escolas no período noturno. O resultado positivo das mudanças fez com que elas fossem adotadas por todas as escolas da rede que têm turmas de EJA por determinação da Secretaria Municipal de Educação.

sábado, 26 de novembro de 2011

Matemática no EJA

Postado por Edilaine Colodette e Elenilda

A matemática contribui na compreensão das informações, pois a sua aprendizagem vai além de contar e calcular, ela nos permite analisar, medir dados estatísticas e ampliar cálculos de probabilidade, dos quais representam relações importantes com outras áreas do conhecimento.
A matemática faz parte da grade curricular da EJA, sendo de grande importância na formação do caráter sócio-educacional do educando. Ao adentrar na  modalidade de ensino  para a EJA, o professor  deve mostrar a matemática  como ferramenta construtora de conhecimento e não uma  disciplina cheia de regras e teorias decorativas.
Deve-se aproveitar o máximo a experiência de vida do aluno, estimular as idéias novas, deixa que eles busquem na sua vivência soluções para situação problemas correlacionada ao seu meio social. Estimular o trabalho em equipe a coletividade auxiliar na busca por melhores resultados .
Mostrar a importância que a matemática tem para suas vidas e o quanto ela é útil no seu di-a-dia. A matemática sempre tem um resultado satisfatório contribuindo para formação de pessoas dinâmicas.
“Dando oportunidades iguais a quem a vidas deu caminhos diferentes”   
                                                                                         Roberto Marinho           
ATIVIDADE 1
NOME: BINGO ENVOLVENDO AS QUATRO OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS DA MATEMÁTICA
OBJETIVOS
·         Propor aos alunos momento de interação social e descontração, sem deixar de lado a aprendizagem dinâmica e significativa através do jogo;
·         Mostrar-lhe que a matemática está presente em nosso cotidiano. Quando vamos a uma festa e compramos uma cartela de bingo, para conseguir marcá-lo corretamente precisamos dos números;
·         Dar significado as quatro operações matemáticas, além do arme e efetue, deixando os alunos criarem seus próprios cálculos utilizando os números presentes na cartela.
METODOLOGIA
Iniciar a aula perguntando aos alunos onde podemos encontrar, no nosso, dia a dia, as quatro operações matemáticas e para que elas servem. Fazer assim, uma breve revisão do conteúdo. Em seguida explicar o jogo e estabelecer regras. Distribuir as cartelas do bingo e gritá-lo, premiar os vencedores.
No segundo momento solicitar aos alunos que escolham os números da cartela, sem repeti-los, e façam a montagem de no mínimo 4 operações matemáticas de cada seguimento, como por exemplo, 4 operações de adição, 4 multiplicação, 4 de subtração e 4 de divisão.
AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA
Observar durante todo o processo de desenvolvimento do jogo se todos os alunos aprenderam a montar as operações e calcular, bem como acompanhar o desenvolvimento dos mesmos no processo de autonomia do saber.
Os alunos da EJA, por ser um público massacrado pelo fato da não oportunidade e /ou da não conquista das etapas de ensino na idade correta, já sofrem preconceito deles próprios e de terceiros, sendo muitas vezes taxados como incapazes. Faz-se assim, necessário trabalhar sua autonomia e independência com relação à aprendizagem. Eles são responsáveis pelo APRENDER. Ninguém ensina nada a ninguém, nós professores possibilitamos/facilitamos/mediamos o caminho ruma ao conhecimento.
ATIVIDADE 2
INTERDISCIPLINAR: MATEMÁTICA E LÍNGUA PORTUGUESA
NOME: CRIANDO SITUAÇÕES – PROBLEMA ATRAVÉS DE HISTÓRIAS MATEMÁTICAS
OBJETIVOS
·         Que os alunos compreendam a totalidade que é o ser humano. Não sendo possível dividir nosso cérebro: “aqui é o lugar da matemática, aqui da língua portuguesa, aqui só pertence à história...”, mostrar-lhes que apesar de muitas vezes trabalhadas separadamente, as disciplinas são um conjunto, e uma necessita da outra;
·         Possibilitar assim, a construção e/ou a (re) construção de uma história, sendo que nela envolveremos cálculos matemáticos comuns no cotidiano da turma.
Observação: escolham juntos (Chapeuzinho Vermelho – Chapeuzinho pode aceitar a sugestão do Lobo, de passar para o outro caminho, se o mesmo acertar o cálculo que ela sugerir; de repente em vez de perguntar: por que esses olhos tão grandes? Pergunte através de um cálculo; conte quantos doces, frutas há na cesta de Chapeuzinho? Quanto será que sua mãe gastou para fazer essa cestinha? ...). O importante é que a história ficará criativa e os alunos poderão experimentar as regras gramaticais e textuais dentro da matemática. Que tal os personagens viajarem para o mundo da matemática?
METODOLOGIA
Disponibilizar para os alunos diversos tipos de textos para que escolham de qual gostariam de fazer a reescrita, ou se preferem criar. O texto deverá ser coletivo, com o auxílio do professor. Em que, o mesmo, irá mostrando as estruturas textuais, regras gramaticais, ortografia, coerência e coesão e é claro, as situações – matemáticas.